Eleições 2022: a vereadora Eliene (MDB) deixará o bonde passar?

Há um ditado que diz que, “em política, quando um cavalo selado passa a sua frente em trote baio é melhor montá-lo, pois, ele só passará uma vez”!

Penso que o dito dispensa explicações. Por isso, nem perderei tempo. Irei direto ao ponto!

A Emenda Constitucional (EC) Nº 111/2021, promulgada em 28 de setembro último para regular as eleições gerais de 2022, determinou mecanismo institucional explícito para estimular candidaturas femininas.

Seu Artigo 2º estabelece: “Para fins de distribuição entre os partidos políticos dos recursos do fundo partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), os votos dados a candidatas mulheres (...) serão contados em dobro”.

Eis um dos motivos da pergunta que titula este texto. Mas não só!

Única mulher na atual legislatura da CMP, a vereadora Eliene Soares (MDB) foi eleita com impressionantes 2990 (ficando atrás apenas do vereador Braz (PDT), que teve 3988); com sua força eleitoral, tem o controle político da SEMED, maior secretaria da administração municipal.

É pouco? Então, nos lembremos: tem experiência política e legislativa (está em seu terceiro mandato) e integra o MDB, partido do prefeito Darci Lermen (principal liderança política de Parauapebas) e do governador Hélder Barbalho (que tenta a reeleição).

Mas, ainda precisamos contar que dito partido está sem uma candidatura própria para a ALEPA em Parauapebas, num momento de contencioso entre o prefeito Darci Lermen e o deputado Chamonzinho (também MDB).

Considerando estas premissas, a nobre vereadora poderá está perdendo o bonde da política e deixando escapar uma grande oportunidade: uma sólida candidatura para ALEPA; na qual, ao que parece, pouco tem a perder, e muito teria a ganhar!

O tempo dirá!


Leônidas Mendes Filho é historiador, professor e bacharel em Direito.




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