O que está por trás das saídas dos medalhões do jornalismo da Globo?

Nos últimos dois anos, não foram poucos os medalhões a deixar o jornalismo da Globo. Nomes como Francisco José, Renato Machado, Ary Peixoto, Tino Marcos e Marcos Uchôa não tiveram renovados os seus contratos com a emissora. Nesta semana, foi a vez de Carlos Tramontina e Chico Pinheiro seguirem o mesmo destino. 

Mas, afinal, por que um canal que aposta tanto no jornalismo abriria mão de seus nomes mais tradicionais?

Necessidade de renovação - Assim como ocorreu com os autores de novela, a Globo percebeu que a maior parte de seus repórteres e âncoras estava amadurecendo aos olhos do público e não havia ali um celeiro numeroso de nomes para substituí-los. Rejuvenescer parte do time e fazer treinamento para o dia em que postos ficassem vagos tornou-se necessário.

Mais diversidade - Embora cheio de experiência, o time do jornalismo da Globo não podia ser considerado exatamente muito diverso. O entendimento é de que o Brasil precisa se ver refletido na tela. Hoje, a emissora passou a apostar em maior diversidade étnica e também na diversidade sexual, com direito a repórteres e âncoras confortavelmente fora do armário.

Corte de custos - Essa, sim, é a principal causa das saídas do medalhões da casa. Há décadas na Globo, havia repórteres com salários próximos aos R$ 100 mil. Âncoras próximos dos R$ 200 mil. Ao contratar um time mais jovem, a Globo economiza bastante. Um jornalista de vídeo em começo de carreira ganha entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, por exemplo. Em afiliadas, o número é menor.

Resta saber se tamanha economia compensa a falta de experiência.

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