Candidatos a suceder Lira na Câmara deram maioria de votos ao governo

A partir do alto em sentido horário, os deputados Marcos Pereira, Isnaldo Bulhões, Antonio Brito e Elmar Nascimento, cotados para suceder Arthur Lira no comando da Câmara

Quatro nomes despontam como candidatos a virar o próximo presidente da Câmara, a ser eleito em fevereiro de 2025. Eles entregaram ao governo Lula a maioria de seus votos em discussões no plenário.

Todos os prováveis candidatos pertencem ao centrão. Com isso, a Câmara continuaria sob o comando desse bloco de parlamentares que negocia apoio em troca de cargos e emendas.

Marcos Pereira 
Entre todos os prováveis candidatos, Marcos Pereira é o que menos entrega votos ao governo. Ainda assim, está alinhado com o Planalto em mais da metade dos projetos submetidos ao plenário.

Ele também é presidente do Republicanos, legenda que recebeu ícones bolsonaristas como Tarcísio de Freitas, Damares Alves e Hamilton Mourão. Ainda assim, a sigla tem somente dois deputados fiéis à oposição.

Isnaldo Bulhões 
O índice de alinhamento do deputado com o governo também é alto: entregou 89,5% dos votos ao Palácio do Planalto.

Nome influente na Câmara, ele participou da reunião com Lula na terça. Saiu do encontro defendendo o governo e disse que não entregar a meta de déficit zero não significa abandono da responsabilidade fiscal.

Antonio Brito 

O deputado é o mais alinhado ao governo e entregou 94,9% dos seus votos ao Planalto. Ele votou 39 vezes desde o começo do ano.

Ele é líder do PSD, partido que apoiou Lula na eleição de 2022 e que tem três ministros: Carlos Fávaro (Agricultura), André de Paula (Pesca) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).


Elmar Nascimento   

O deputado votou 35 vezes e seguiu a orientação do governo em 68,6% das vezes. O alinhamento foi total nos meses de julho e agosto.

Ele foi contrário ao Planalto em 31,4% das ocasiões, ou seja, é o segundo menos alinhado com o Planalto entre os cotados para a sucessão de Lira.

Elmar é líder do União Brasil, partido que tem uma fatia de deputados na oposição, com dez parlamentares contra o governo na maioria das ocasiões.

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