Acabou com o 'toma lá, dá cá'"

O "Centrão" é um bloco poderoso criado na Assembleia Constituinte que se definia como parlamentares com pouca identidade ideológica, e que poderia apoiar qualquer governo desde que recebessem cargos na estrutura federal e os Pacotes de Bondades, entenda como emendas. 

Ao longo dos anos, o Centrão foi se tornando uma ampla coalizão e atualmente é formada pelos partidos PRD, Republicanos, PL, PP e PSD, onde conta com 245 dos 513 deputados e 37 dos 81 senadores. Sem eles, é difícil formar maioria para qualquer votação.

Para se ter uma ideia do poderio do Centrão em 2024, o governo deve liberar R$ 53 bilhões em emendas, segundo o Orçamento aprovado pelo Congresso na sexta, 22. A cifra corresponde a um aumento de 42% sobre as emendas de 2023 —os valores foram corrigidos pela inflação.

Do total, pasmem, R$ 36,3 bilhões são emendas impositivas. Isso significa que, se faltar dinheiro no orçamento, Lula terá de retirar de obras públicas para repassar ao Congresso

Detalhe a decisão mais polêmica aprovada na semana passada foi a criação de um calendário para pagar as emendas. Pela primeira vez, o presidente terá até 30 de junho de 2024 para distribuir a verba, tirando dele a opção de só liberar antes de votações importantes.

A mudança porá "fim à cooptação política exercida pelo governo de plantão em votações de interesse", disse o deputado Danilo Forte (União-CE), relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias)

E parafraseando Charles Chaplin "Tempos modernos na política brasileira" foi colocada em prática pelo Centrão onde o ex-presidente Jair Bolsonaro liberou geral. Com o liberou geral geral parece que "Acabou com o toma lá, dá cá" entre o Congresso e o Executivo" mas em compensação pode abrir um precendente perigoso com essas emendas impositivas, veja o caso do deputado maranhense Juscelino Filho.

Vida que segue...

   

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