Lula e seu amor platônico pelo ex-presidente

Um dos mais difíceis empregos na política nacional, hoje, deve ser cuidar da comunicação do presidente da República. Em tese, não deveria ser tão complicado assim, quando se tem na presidência uma pessoa que se expressa com muita clareza e enorme facilidade, diferentemente da fala confusa, cheia de curvas e paradoxos de Dilma Rousseff. Ou ao contrário da verve empolada, arcaica e mesoclítica de Temer, o presidente do Pacote de Maldades. 

Na verdade, não é bem assim. O problema de Lula nunca está na forma do discurso nem no domínio da eloquência, nunca estará na incapacidade de esculpir frases de efeito que ficam na memória do interlocutor, nem se nota qualquer dificuldade em capturar a boa vontade do seu público. Nessa arte, Lula é muito bom, talvez o melhor orador no cargo de presidente nas últimas décadas. 

O problema da comunicação de Lula está na frequência com que fala o que não deve e do que não deveria falar, quando não precisa e para o público errado. Apenas.

Em quase todos os discursos, Lula não cansa de lembrar o ex-presidente e dedicar a ele parte de seus discursos nas mais diferentes situações. Parece que o Lula tem um amor platônico pelo ex-presidente.  

Lula tem que mostrar os avanços que aconteceram no ano de 2023 para a população brasileira, e não ficar falando do ex-presidente que foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por abuso de poder político e econômico nas comemorações do Bicentenário da Independência, realizadas no dia 7 de setembro do ano passado em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ). Com a decisão, ficou declarada a inelegibilidade por oito anos, contados a partir do pleito de 2022.

Vida que segue...



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