Contas públicas têm rombo recorde de R$ 48,69 bilhões em fevereiro

O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) registrou um déficit primário (receitas menos despesas, antes do pagamento dos juros da dívida pública) de R$ 48,692 bilhões em fevereiro, após um resultado positivo de R$ 102,146 bilhões de janeiro, informou o Banco Central nesta sexta-feira, 5.

O resultado de fevereiro foi o pior desempenho das contas consolidadas do País para o mês na série histórica do BC, que foi iniciada em 2001. Em fevereiro de 2023, houve déficit primário de R$ 26,453 bilhões.

De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o aumento do déficit primário se deu por conta da antecipação do pagamento de precatórios (sentenças judiciais contra o governo que não permitem mais recursos na Justiça), que totalizou R$ 29,4 bilhões. "No ano, não afetará o resultado. Foi apenas uma antecipação temporal e, olhando o contrafactual, se não tivesse ocorrido, representaria uma redução do déficit ante fevereiro de 2023?, disse. "Esta é uma ressalva importante para melhor entendermos os números de fevereiro", acrescentou.

Os dados divulgados pelo BC mostram também que a dívida pública brasileira subiu em fevereiro. A Dívida Bruta do Governo Geral ficou em R$ 8,301 trilhões no segundo mês de 2024, o que representa 75,5% do Produto Interno Bruto (PIB) - ante 75,1% em janeiro e 74,4% em dezembro.


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