Como estamos vivendo?

Apesar de nunca ter se visto tantos supercentenários quanto nos últimos anos, o crescimento da expectativa de vida começou a desacelerar, concluiu uma pesquisa liderada pelo professor S. Jay Olshansky, da Universidade de Illinois (EUA), publicada na Nature Aging no dia 7 de outubro.

Diabetes e doenças cardíacas são problemas centrais. Segundo o estudo na Nature, existe uma significativa influência do aumento expressivo dos casos de diabetes e doenças do coração nos últimos anos na expectativa de vida em declínio, pelo menos nos EUA.

Estilo de vida tem imposto batalha à medicina. Enquanto os avanços permitem que sobrevivamos melhor, doenças crônicas como a obesidade e a dependência do cigarro estão cortando o tempo de vida. As muitas horas do trabalho sentado, sem exercício, também não ajudam. "Precisamos aceitar a nova realidade, que há um limite para o quanto conseguimos viver. Estamos colocando band-aids médicos na fase 2 que estão alcançando ganhos cada vez menores em longevidade", comentou o autor à revista Time.

Terceira fase deve lidar com os impactos do envelhecimento. Os pesquisadores apontam que é a hora de gerenciar "as consequências do nosso sucesso" e procurar soluções para o envelhecimento, em si, e não apenas as doenças associadas a ele. "Conseguimos o que queríamos — temos vidas muito mais longas. Mas estamos começando a ver um aumento [nos casos de] demência, comprometimento sensorial e coisas que não somos capazes de manipular tão efetivamente como gostaríamos", lamentou Olshansky.


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