O senador Cid Gomes (PSB) rompeu com o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT). A ruptura, após 18 anos de aliança estadual, foi selada após uma reunião entre os dois na sexta-feira (15), em Fortaleza, e o motivo seria o acúmulo do poder do PT no estado.
Com o rompimento, Cid segue os passos do irmão, o ex-governador Ciro Gomes (PDT), que não só é oposição, como tem se dedicado a criticar o PT no estado. "O PT é hoje o mal maior do Ceará", disse em junho.
Segundo divulgado inicialmente pelo site 'O Otimista", e confirmado pela coluna, Cid está insatisfeito especialmente com a escolha de um nome do PT como candidato do governo a presidente da Assembleia Legislativa. No caso, o escolhido foi Fernando Santana (PT).
O PT tem nove integrantes no Legislativo cearense, composto de 46 deputados. Entretanto, Elmano tem uma larga base de apoio, que integra vários partidos de centro e esquerda. A tendência é que não haja reação contra um nome do governo.
Cid argumenta que o PT já tem muito poder acumulado e defendia que o cargo ficasse com outro partido da base, em especial o PDT, partido que tem sua irmã, Lia Gomes, como deputada estadual.
A Assembleia é comandada pelo petista Evandro Leitão, que vai deixar o cargo para assumir a Prefeitura de Fortaleza em 1° de janeiro. Entretanto, quando foi eleito deputado em 2022, Leitão era filiado ao PDT — a mudança de partido ocorreu apenas em dezembro passado.
O anúncio da ruptura foi feito pela deputada Lia Gomes, que afirmou que a decisão se deve pela falta de espaço para negociação. "Ele não se sente mais do grupo", disse ao jornal Diário do Nordeste.
Procurada, a assessoria de Cid Gomes afirmou que o senador ainda não se manifestou. O governo do estado também foi procurado, mas não deu resposta.
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