Revolução do mercado financeiro está distante para milhões de brasileiros

Rufino Ivaldo não aderiu ao pix por opção: prefere manter as vendas apenas em dinheiro

Os pagamentos via pix revolucionaram o mercado financeiro brasileiro. Há quatro anos, a modalidade era criada, tornando transferências entre contas mais ágeis e simples. Esse novo universo de possibilidades, no entanto, segue inalcançável para milhões de brasileiros, seja pela falta de letramento digital, seja pela dificuldade de acesso à internet e a dispositivos eletrônicos.

Fatores como a idade dos usuários e a vulnerabilidade social são os desafios que se impõem para que a ferramenta se torne, efetivamente, democrática, assim como outras plataformas digitais que emergem no mundo globalizado.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgados em agosto, mais de 22,4 milhões de brasileiros com mais de 10 anos de idade não utilizaram a internet em 2023, o que corresponde a 12% da população nessa faixa etária do país. 

O número de usuários do pix, por sua vez, cresce exponencialmente a cada mês. Em janeiro, eram 159,6 milhões inscritos. No mês passado, subiu para quase 170 milhões (incluindo pessoas físicas e jurídicas). Já as chaves cadastradas ultrapassam os 805 milhões. Os dados são do Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT), disponíveis no site do Banco Central. 

Mesmo estando tão popularizada, a ferramenta ainda passa à margem para uma parcela da população. A resposta do vendedor Rufino Ivaldo, 70 anos, para a recorrente pergunta “tem pix?” é um não. Ele vende balas e salgadinhos no mesmo local, em Ceilândia, há 14 anos. 

Vida que segue...




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