Diego*, 19, começou a trabalhar aos 16 anos como ajudante de pedreiro. No começo, conciliava o serviço com os estudos, mas um tempo depois já não conseguia mais. O rapaz faz parte dos 9 milhões de jovens, entre 14 e 29 anos, que estão fora da escola no Brasil. Os dados são da Pnad Contínua, divulgada hoje pelo IBGE.
Evasão caiu entre 2022 e 2023. No ano anterior, 9,5 milhões de jovens não estudavam. Os índices se referem a quem abandonou a escola no ensino médio ou nunca chegou até essa etapa de aprendizado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Necessidade de trabalhar, falta de interesse, gravidez e afazeres domésticos são os principais motivos citados para abandonar a escola. Assim como aconteceu com Diego*, a necessidade de trabalhar foi a razão mais citada (41,7%) —a justificativa é mencionada por 53,4% dos homens e 25,5% das mulheres que deixaram de estudar.
Falta de interesse nos estudos é o segundo principal motivo citado pelos homens (25,5%). A taxa entre as mulheres é de 20,7%.
No caso das mulheres, gravidez aparece como segundo principal motivo (23,1%). Na sequência, com 9,5%, elas citaram que "tinham que realizar afazeres domésticos ou cuidar de pessoas". Só 0,8% dos homens citaram essa razão.
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