Trafegar por 25% das rodovias brasileiras é conduta de risco

Trafegar por 25% das rodovias brasileiras é conduta de risco, indica novo levantamento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a partir da análise de 111,8 mil quilômetros de vias pavimentadas no país, entre federais (67,8 mil) e municipais (44 mil). Uma em cada quatro está com o estado geral ruim (20,8%) ou péssimo (5,8%). Cenário praticamente igual ao de anos anteriores — 20,3% ruim e 5,8% péssimo em 2023, 18,8% ruim e 6,5% péssimo em 2022, e 16,3% ruim e 6,9% péssimo em 2021 — e que sinaliza ao menos uma despreocupação de gestores públicos em  promover melhorias em uma área tão estruturante para o país. 

Pela malha rodoviária brasileira trafegam cerca de 65% das cargas e 95% dos passageiros, estima a CNT. Também nela milhares de pessoas perdem a vida cotidianamente  — no primeiro semestre deste ano, só nas rodovias federais foram 35.153 acidentes e 2.906 mortes, o equivalente a 15 óbitos por dia. Sobram evidências, portanto, de que economias e vidas são ameaçadas por uma rede que não está à altura.

E pode piorar. O mesmo levantamento indica que os trechos classificados como regulares — que equivalem a 43,7% das rodovias — correm o risco de migrar para ruim ou péssimo se não forem feitas "intervenções adequadas e tempestivas de manutenção". Na análise, são consideradas as condições do pavimento, da sinalização e da geometria das vias. O último critério tem as piores avaliações — 23% ruim e 16,9% péssimo — e diz respeito a características ligadas à ocorrência de acidentes graves, como segurança nas ultrapassagens.



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