O texto aprovado prevê 2,4 mil horas de carga horária para a formação geral básica (que inclui disciplinas obrigatórias como matemática e linguagens), do total de 3 mil horas do ensino médio. Atualmente, desde a reforma do governo Michel Temer em 2017, a formação básica é de 1,8 mil horas.
Contudo, o relator, meu conterrâneo deputado Mendonça Filho (União-PE), voltou a definir que, nos casos em que o ensino médio for feito junto com curso técnico, a formação básica poderá ser menor, com um mínimo de 2,1 mil horas, das quais 300 horas poderão ser usadas como uma articulação entre a base curricular do ensino médio e a formação técnica profissional.
Na prática, isso pode reduzir a carga horária mínima da formação básica para 1,8 mil horas, ao abrir espaço para a formação técnica.
A carga horária mínima anual do ensino médio passa de 800 para 1.000 horas (o acréscimo será distribuído em 200 dias letivos), mas poderá chegar a 1.400 horas, de forma progressiva.
Percebi nesse "novo ensino médio" que priorizaram muito o aumento da carga horária como se isso fosse a mola mestre para melhorar o ensino no país. Não é quantidade de horas, ou dias letivos que melhorará a educação no Brasil.
Para mim, como educador, o avanço nesse "novo ensino médio" não tem nada de novo. Os governantes precisam compreender que o Novo Ensino Médio não pode ser fruto de ideias tecnicistas elaboradas em gabinetes, desconectadas da realidade do ambiente escolar.
Vida que segue...
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