Para responder o por que a cada quatro anos temos esta anomalia nos nossos calendários devemos voltar à Roma antiga, há mais de dois milênios, quando se descobriu que o calendário não estava totalmente alinhado com o ano solar.
Foi o líder romano Júlio César quem pediu ao astrônomo alexandrino Sosígenes que o ajudasse a criar uma alternativa ao calendário romano mais adaptada à realidade e à rotação da Terra.
Nosso planeta não leva apenas 365 para dar uma volta ao redor do Sol, mas sim 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 56 segundos.
Por isso, Sosígenes propôs um calendário extremamente similiar ao dos egípcios, que tinha 365 dias com um dia adicional a cada quatro anos para se alinhar com o ano solar.
Assim nasceu o calendário juliano, batizado em homenagem ao imperador.
Porém, esse sistema também tinha pequenos erros e foi sendo progressivamente substituído pelo calendário gregoriano a partir de 1582. É esse o calendário que nos rege hoje.
Como o calendário juliano exigia um dia adicional a cada quatro anos, os romanos decidiram que esse dia seria em fevereiro, que na época era o último mês do ano.
O nome bissexto vem do latim "ante diem bis sextum Kalendas Martias" ("o sexto dia antes das Calendas de Março"), ou seja, o dia 24 de fevereiro. Como a frase era longa, acabou resumida para "bis sextus", que em português virou bissexto.
Anos depois, o papa Gregório 13 decidiu com, uma bula papal, aperfeiçoar o calendário.
Uma das mudanças foi que o dia adicional dos anos bissextos seria o 29 de fevereiro, e não o 24, definido pelo calendário juliano.
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