Os dados de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, de 1,4% em relação ao trimestre anterior e 2,5% em 12 meses, trouxeram uma onda de otimismo aos agentes econômicos, ao governo e é uma boa notícia para o cidadão. O Brasil foi o segundo país com maior crescimento no trimestre terminado em julho, junto com Arábia Saudita e Noruega; abaixo do Peru e acima dos Estados Unidos e grandes países da Europa.
O PIB é a soma dos valores produzidos, por um período, nos vários setores da economia, incluindo bens e serviços. Ele serve como um termômetro para medir a saúde econômica do país. Quando o PIB vai bem, isso reflete na população, porque significa que a "economia real" está funcionando: empresas produzem, lucram, consequentemente geram emprego e renda — dinheiro que vai, novamente, ser despejado na economia, criando um círculo virtuoso.
Há, no entanto, a preocupação com o chamado produto potencial, ou seja, esse crescimento precisa ser provocado não apenas pelo lado da demanda, com o estímulo ao consumo, como o governo tem feito com políticas como a valorização do salário mínimo, incentivo ao crédito e renda mínima (Bolsa Família). É necessário que o setor produtivo responda aos incentivos, ampliando sua produção, comprando máquinas e equipamentos, aumentando a oferta. Caso contrário, todo esse otimismo vai embora, corroído pela inflação.
Os dados divulgados na terça-feira pelo IBGE mostram que não apenas o estímulo ao consumo provocou a alta do PIB. A taxa de investimento em 16,8% e a elevação da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) — compra de máquinas e equipamentos — em 2,1% indicam que a oferta de produtos tende a aumentar, minimizando a pressão inflacionária.
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