A eterna dívida pública

O ano de 2025 mal começou, mas a certeza entre analistas do mercado financeiro é que o quadro fiscal vai piorar até 2026, ano eleitoral em que, obviamente, nenhum governo quer cortar gastos para continuar no poder, e, por conta disso, qualquer ajuste fiscal proposto será paliativo. Com isso, o que mais tem gerado preocupação é a trajetória da dívida pública, que não para de crescer e está beirando o patamar insustentável de países emergentes, de 80% do Produto Interno Bruto (PIB).

Apenas em 2024, conforme dados do Banco Central, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) cresceu R$ 905 bilhões, em termos nominais, somou R$ 8,9 trilhões, o que resultou em uma taxa de 76,1% do PIB. Parece baixo, por seguir inferior ao pico alcançado na pandemia da covid19, em 2020, mas a taxa é resultado de uma metodologia recente do Banco Central, iniciada em 2008, e que contabiliza uma taxa menor para o indicador.

O especialista em contas públicas e economista-chefe da ARX Investimentos, Gabriel Leal de Barros, reforça as críticas e é categórico ao afirmar que o governo prometeu muito e entregou pouco em termos de ajuste fiscal. "O chefe do Poder Executivo diz que não haverá mais medidas, porque não há necessidade, de modo que é natural depreender que o ministro da Fazenda não tem enforcement e nem poder político para implementar a agenda que entrega algum horizonte de solvência fiscal", ressalta.

Vida que segue...


Siga o blog pelo insta professor Aldery

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Popular Posts