Ninguém deseja uma primeira-dama muda. Tampouco é desejável que a voz da mulher do presidente, quando soar em eventos oficiais, acabe virando arroz de festa. Num governo convencional protocolos existem para ser observados. Janja já tinha virado notícia no ano passado, em evento paralelo à reunião de cúpula do G20, ao mandar Elon Musk, o bilionário da rede X, se autofornicar.
Janja voltou a insinuar que as restrições às suas falas são motivadas pelo machismo que viceja no Brasil. Disse que, "como mulher", não admite que ninguém lhe dirija a palavra para dizer que deve "ficar calada". "Eu não me calarei quando for para proteger a vida das nossas crianças e dos nossos adolescentes". Mencionou o caso da menina Sarah Raíssa, de oito anos, que morreu após inalar desodorante num desafio de rede social.
Depois da morte de Sarah, a difusão de conteúdo tóxico para crianças e adolescentes continua presente nas plataformas digitais que operam no Brasil, inclusive no TikTok. Um indicativo de que, nessa matéria, o governo precisa falar menos e agir mais. As intervenções do jantar de Pequim não serviram senão para fornecer matéria-prima para os adversários da regulação dos conglomerados digitais no Congresso. Ou seja, obteve-se o oposto do que Janja diz defender. De resto, Janja fala muito, zanga-se demais, e não gosta de ouvir. Esquece que a crítica é parte da democracia.
Vida que segue...
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