O deputado Arthur Lira (PP-AL) entrou em campo para tentar minimizar o impacto da tesourada do Planalto nos postos de indicados por colegas do Centrão que, ele alega a aliados, podem "repactuar" as relações com o governo Lula. O ex-presidente da Câmara foi poupado do corte de cargos na administração federal porque não compareceu à votação que derrubou a medida provisória que taxava investimentos e apostas digitais, na semana passada.
Lira telefonou para a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e pediu cautela para não afastar de vez aqueles que, nas palavras dele, ainda podem auxiliar o governo em votações estratégicas.
O deputado tem feito uma analogia curiosa: "É como pegar um infrator de pequeno poder ofensivo e jogar numa penitenciária dominada pelo crime organizado. Em vez de recuperar, perde de vez a pessoa".
O líder do PP chegou a ser acionado pelo governo na semana passada, quando estava claro que, sem articulação pesada, a medida provisória seria derrotada na Câmara. Lira, porém, não se comprometeu a ajudar a aprovar o texto.
O alagoano alegou que desconhecia a forma final do projeto e que, por isso, não poderia endossá-lo. Foi a senha para o governo entender que não poderia contar com o deputado, conhecido por coordenar votações de seu interesse com mão de ferro.
Lira defende que o Planalto faça um corte estratégico, "pela base da pirâmide", ou seja, em cargos de menor exposição, mantendo ainda algum diálogo com opositores da MP que, porventura, em outras votações, possam auxiliar o Planalto se acionados.
Nas conversas com ministros de Lula e líderes do PT, ele tem ressaltado que, se não for dessa forma, o governo abraça o risco de ver o caldo na Câmara entornar de vez.
Vida que segue...
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