Os dois jogos do Flamengo em sequência no Mané Garrincha contra Coritiba e Juventude renderam ao time rubro-negro mais do que seis pontos na classificação do Brasileirão. O clube arrecadou quase R$ 3 milhões líquido com as duas partidas na capital do país. É o que mostram os boletins financeiros das duas partidas realizadas no Distrito Federal.
A renda líquida do Flamengo na última quarta-feira, em Brasília, descontados todos os pagamentos e taxas obrigatórias, foi de R$ 1.950.567,15. O lucro havia sido de R$ 1.033.060,30 na partida anterior. Consequentemente, a conta fechou no azul em R$ 2.983.627,45.
O duelo da última quarta-feira também foi um excelente negócio para as federações do Distrito Federal e do Rio de Janeiro. O jogo não pode sair do Rio nem vir para Brasília sem a autorização das duas entidades. Cada uma tem direito a 5% da renda bruta. A Ferj recebe mais 5% referente a um acordo com o Flamengo para a liberação burocrática da partida. O valor, inclusive, é discriminado no borderô publicado no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Mandante contra o Juventude, o Flamengo repassou R$ 178.014,48 para a Ferj de acordo com os 5% previstos no Regulamento Geral das Competições e Específico do Brasileirão, e depositou mais R$ 178.014,48 conforme acordo entre o clube e a entidade. O valor não é exatamente 5% da renda bruto porque é descontado o percentual de ingressos gratuitos a que as federações têm direito, ou seja, o imposto é abatido. A Federação do DF também faturou R$ 178.014,48.
O Flamengo também fechou um pacote com a Arena BSB, concessionária que administra o Mané Garrincha. O combo de serviços, incluindo a taxa de aluguel do estádio, saiu por R$ 604.128. O valor passou a ser discriminado na planilha como “despesas do estádio”. O blog apurou que o aluguel da arena foi gratuito. Em contrapartida, o Flamengo se comprometeu a contratar o pacote de serviços oferecidos pela firma, como segurança, posto médico, posso ajudar…
Ao assumir a operação da partida, o Flamengo recebeu mais do que no clássico de maio contra o Botafogo, no mesmo Mané Garrincha. Naquela época, o clube terceirizou o mando para a empresa do ex-jogador Roni e recebeu em troca um cachê de R$ 800 mil. O valor é inferior às receitas líquidas do Flamengo em cada uma das partidas. O mínimo, por exemplo, foi R$ 1.033.060,30 na vitória do último sábado contra o Juventude.