O termo pode parecer inusitado, mas uma coisa é certa: não deixa muito espaço para mal-entendidos. Os "divórcios grisalhos" referem-se a separações de casais de cabelos grisalhos, geralmente cônjuges com mais de 50 anos e frequentemente casados há várias décadas.
Até há pouco tempo, esses divórcios eram um fenómeno relativamente raro. No entanto, com o envelhecimento da população e as mudanças sociais, tornaram-se cada vez mais frequentes. Tanto que já existem especialistas investigando as causas desse tipo de divórcio para compreendê-las melhor.
É preciso analisar alguns números para entender o interesse nesse fenómeno. Nos EUA, a taxa de divórcios entre adultos com pelo menos 50 anos mais que duplicou em apenas duas décadas. Em 2010, quase 25% das separações já podiam ser classificadas como “divórcios cinzentos”. Apesar de alguns especialistas terem observado que sua incidência estabilizou ou até diminuiu após a pandemia, quase 40% das pessoas que decidem dissolver seus casamentos nos EUA ainda têm mais de 50 anos.
O fenómeno não é exclusivo dos EUA. Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam insights interessantes sobre o que está acontecendo em Espanha. Por exemplo, quase um terço (32%) dos divórcios registados em 2023 foram de casais casados há duas décadas.
Outro facto relevante é que, embora a maioria das separações ocorra entre cônjuges na faixa dos quarenta (40 a 49 anos), a idade média para o divórcio tem aumentado nos últimos anos, aproximando-se dos 50. Entre os homens, a média já está próxima dos 49 anos. O INE estima que, nas últimas três décadas, os divórcios de casais com mais de 50 anos tenham aumentado cerca de 40%.
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