A crise no comércio: endividado, brasileiro já não consome como antigamente

O cenário econômico é tão complexo quanto desafiador. Dados do Banco Central nos revelam que o endividamento já desassossega 78% das famílias brasileiras. Pior que isso, o percentual de inadimplentes também cresceu, mandando 73 milhões de CPFs à negativação só em 2024.

O crédito rotativo do cartão e os empréstimos pessoais estão entre os principais vilões da panaceia. 

A queda absurda no poder de compra, com a inflação acumulada nos últimos anos, corroeu a renda, especialmente dos mais pobres. O desemprego ainda afeta cerca de 8 milhões de pessoas, segundo dados oficiais, além de que muitos trabalhadores estão em ocupações informais ou precarizadas.


Para coroar a infame tragédia, o crédito ficou mais caro com os juros alcançando 10,5% em 2024, e 15,0% nos últimos dias, limitando ainda mais o financiamento ao consumo.  

Por sua vez, as vendas no varejo caíram 1,2% no primeiro trimestre de 2024 - destaque para as quedas nos eletrodomésticos, móveis e vestuário - e - 1% em 2025.


Além disso, as lojas físicas enfrentam concorrência com e-commerce, mas até as vendas online também vêm desacelerarando, sendo os pequenos negócios os mais afetados, com aumento de falências e fechamento de estabelecimentos.


O varejo ampliado, que engloba veículos e materiais de construção, também mostra sinais de desaceleração, com quedas nas vendas de automóveis e materiais de construção.


Não vem de hoje que o brasileiro consume menos porque a renda não consegue acompanhar os preços, as dívidas estão altas e o crédito é escasso e excorchante. A má notícia é que, enquanto não houver melhora sustentável no emprego e na renda, o comércio continuará precisando "tirar leite de pedra”.


Vida que segue...



Siga o blog pelo insta professor_aldery


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Popular Posts