Imagine precisar consertar seu carro e descobrir que a oficina de confiança do seu bairro não pode mais mexer nele, pois não tem acesso ao sistema do veículo. Isso já está acontecendo. À medida que os carros se tornam mais conectados e automatizados, as informações técnicas que garantem o diagnóstico e o reparo desses veículos estão ficando restritas a códigos de software controlados exclusivamente pelas montadoras.
Essa realidade tem colocado oficinas independentes diante de um desafio crescente. E o que está em jogo não é apenas a sobrevivência desses pequenos negócios, mas também o direito do consumidor de escolher onde quer fazer o reparo.
O mecânico pluga um scanner no carro e não consegue acessar a falha, porque a montadora trava a informação. Aí não tem diagnóstico, não tem reparo. E o cliente sai da oficina sem solução", afirma Antonio Fiola, presidente do Sindirepa Brasil e do Sindirepa-SP. Ele explicou como a eletrônica embarcada tem tornado os reparos mais complexos e caros.
De acordo com Fiola, o mecânico brasileiro sempre deu um jeito. Mas agora, com os sistemas avançados de assistência à direção (ADAS), a conectividade e os softwares proprietários, "se virar nos 30" não tem sido suficiente.
Sem acesso autorizado a esses dados, muitos profissionais recorrem a meios informais, como grupos de troca de informações sobre defeitos ou até ao pagamento de diagnósticos em concessionárias, onde os custos podem variar de R$ 600 a R$ 1.500 apenas para identificar o problema.
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