Somos uma terra de um povo incansável. Lutas diárias, batalhas, superação, vencer todo tipo de adversidades que nos permeia é a nossa predestinação.
Nesse sentido, é por demais difícil, num Cabrobó no qual vivemos, por volta de 75% da população, com uma renda média abaixo de 1 Salário Mínimo ao mês, confiar. Confiar em palavras, confiar em promessas, confiar em um virada de página da noite ao dia.
Entretanto, numa população dividida não mais ao meio, mas em três pedaços, depositamos essa confiança - capenga, diga-se de passagem - em menor escala, às promessas de uma virada de página, de uma mudança, enfim, de algo NOVO.
Aproximam-se 3 anos desde que, extremamente divididos, fizemos o que é mais difícil pra nós: confiamos!
Ao nosso sentir, atualmente, parece-nos que a sociedade sente uma decepção em relação a ausência do tão esperado NOVO tempo, observando atitudes antigas e a regularidade no administrar de seu patrimônio: salários em dia, parcas pavimentações com recursos provenientes de outros entes federativos, realizações de pequeno porte, em suma, nada de NOVO.
A despeito disso, é sensível a piora na conservação da infraestrutura da cidade, a manutenção do sofrível atendimento de saúde e, pasmemos, uma involução nos índices que medem a educação. Munícipes sofrem com buracos, esgotos, mato, à espera de um ciclo instaurado sob a denominação de mutirão - deixa-se tudo abandonado e a cada 6 meses dá uma geral -, os veículos e equipamentos do município pedem socorro.
Poucos dos fiscais eleitos produzem seu papel, uns até comemoram aniversário de buraco ou de obra parada, afim de sensibilizar a administração, outros são tragados pela mídia própria e/ou paga com nossos recursos - para esses não falta.
Claramente, permanecemos onde estivemos nessa década, no mesmo canto, muito embora recursos não faltem, tais como recursos para a saúde em razão da Covid, por volta de 10 milhões de reais de ISS da Transposição apenas em 2021, mais de 15 milhões decorrentes de litígio judicial do FUNDEF na educação e agora, não bastasse toda a bonança, a tomada de empréstimo de 15 milhões de reais a serem pagos pela nossa e pelas futuras gerações, em nome de um salto de infraestrutura que não conseguiu, como a maioria das administrações anteriores conseguiu, proporcionar pelo menos o aceitável a Cabrobó.
Enfim, paramos no tempo! Esperamos pelo NOVO, contudo, com razão nesse empréstimo que endivida um município de parcos recursos livres, posso dizer que estamos tendo PIOR QUE O VELHO!
Vida que segue...
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