Países boicotam Rússia na ONU; Brasil não adere ao protesto

Em apoio à Ucrânia, embaixadores, ministros e diplomatas de diversos países promoveram um boicote na ONU (Organização das Nações Unidas) contra o governo da Rússia. Nesta terça-feira, quando o chanceler russo Sergey Lavrov tomou a palavra para se dirigir ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, os representantes diplomáticos se levantaram e deixaram a sala, em Genebra, em protesto. 

O Brasil, porém, foi um dos países que permaneceu na reunião e não boicotou o chanceler russo.

De acordo com a delegação da Alemanha, 140 pessoas abandonaram a sala de reunião quando o representante do presidente Vladimir Putin tomou a palavra, numa sala com capacidade para 180 pessoas.

Lavrov deveria ter viajado até Genebra. Mas, com o espaço aéreo fechado e estando na lista de pessoas atingidas pelas sanções, o chanceler não pode deixar Moscou. Embaixadores europeus revelaram à coluna que havia um acordo para permitir a viagem. Mas Alemanha e Polônia fecharam o espaço aéreo e a Suíça abandonou sua tradicional neutralidade para seguir as sanções da UE.

De acordo com delegações que participaram do boicote, o gesto tinha como meta protestar contra os "atos de agressão" por parte da Rússia, além de dar um sinal de que Moscou está isolada e não conta com legitimidade internacional. 

Um boicote semelhante já havia sido promovido, horas antes, durante a participação de Lavrov na Conferência de Desarmamento da ONU, também por vídeo conferência.

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