Uso de máscaras: é hora de flexibilização com consciência

Boa parte dos municípios brasileiros está suspendendo a obrigatoriedade do uso de máscaras, depois de mais de dois anos de restrições para tentar controlar a pandemia de covid-19. No entanto, os critérios para a decisão não ficaram muito claros, o que gerou dúvidas na população.

De acordo com o infectologista e pediatra Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), devemos deixar as máscaras para situações mais arriscadas, como os locais com aglomerações, onde não seja possível manter o distanciamento físico, independentemente de ser ambiente aberto ou fechado.

Para o médico, é essencial focarmos na conscientização, o que exige uma boa comunicação. Ressaltar a importância da terceira dose para todos os adultos com mais de 18 anos, reforçar que os lugares abertos sem aglomeração devem ser priorizados, recomendar que pessoas com sintomas gripais usem máscara em todos os lugares. "Temos que sair do modelo focado na obrigatoriedade e insistir na conscientização", ressaltou.

O infectologista Júlio Croda concorda com as recomendações da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), que indica fortemente o uso de máscaras para indivíduos sintomáticos, populações mais vulneráveis a desenvolver covid grave (não vacinados, imunossuprimidos, pessoas com mais de 60 anos e gestantes) e pessoas que frequentem locais fechados e abertos com aglomeração, regiões com risco maior de transmissão do Sars-CoV-2 e unidades de saúde.

Vai a um local fechado, com aglomeração? Coloque a máscara. As taxas de transmissão diminuíram, mas ainda estão altas, e a cobertura da terceira dose não passa dos 45%.

Resolveu passear no parque com a família? Pode dispensar a máscara, mas leve-a com você, para o caso de haver aglomeração.


Mariana Varella

MARIANA VARELLA


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