Mesmo pressionado, Fufuca não larga ministério de olho no Senado

Enquanto outros partidos da base aliada ameaçam deixar o governo Lula, o ministro dos Esportes André Fufuca (PP-MA) resiste às pressões internas para abandonar o cargo. A explicação para sua insistência em permanecer no ministério pode estar em suas ambições eleitorais para 2026, quando pretende disputar uma vaga no Senado pelo Maranhão.

Ao vivo: André Fufuca toma posse como ministro do Esporte

Há um padrão na agenda do ministro: cerca de um terço de seus compromissos oficiais foi dedicado ao Maranhão, seja em viagens ao estado ou recebimento de políticos maranhenses em Brasília. "Ele foi ao Maranhão mais do que ele foi a qualquer outro lugar no Brasil, inclusive somado", observa José Roberto de Toledo.

O caso mais emblemático dessa estratégia ocorreu em Caxias, segunda maior cidade do Maranhão, onde a família Gentil domina a política desde os anos 1980. O ex-prefeito Fábio Gentil havia prometido durante seus dois mandatos a construção de um centro de iniciação ao esporte, obra orçada em mais de 4 milhões de reais, que nunca saiu do papel.

A situação mudou quando o sobrinho de Fábio, Gentil Neto, assumiu a prefeitura em 2025. O novo prefeito é filiado ao mesmo partido de Fufuca, o Partido Progressista. Em abril, durante as comemorações dos 100 dias da gestão Gentil Neto, o ministro esteve presente e anunciou que finalmente liberaria os recursos para o centro esportivo. "Temos já o recurso pra isso, vamos fazer muito mais", declarou Fufuca na ocasião.

O evento também serviu para consolidar alianças políticas. O governador Carlos Brandão aproveitou a solenidade para anunciar que Fábio Gentil assumiria a Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária. Pouco depois, o Partido Republicanos formalizou apoio à candidatura de Fufuca ao Senado.

Sobre as prioridades geográficas de sua agenda, Fufuca se defendeu dizendo que "o ministério, diferentemente do passado, é aberto a todos, que ele recebe qualquer município de qualquer estado, qualquer parlamentar". Quando questionado sobre pressões para deixar o cargo, o ministro foi lacônico: "Desculpe, não estou dando entrevistas".

Vida que segue...


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