O tarifaço anunciado por Donald Trump já se reflete no cotidiano dos brasileiros. É o que revela pesquisa da HSR Specialist Researchers. Segundo o levantamento, 54% dos entrevistados afirmam sentir “muito” a influência das tarifas e 38% dizem sentir “um pouco”. Apenas 6% relatam não perceber impacto, enquanto 2% não acompanham as notícias sobre o tema.
Os efeitos, embora generalizados entre os brasileiros, variam conforme região e classe social. Os dados mostram que os moradores do norte do país e as classes média-baixa e baixa renda (C2 + DE) relataram ser os mais afetados. Já os grupos de renda média e média-alta (B2 + C1) demonstram menor sensibilidade às notícias.
Segundo Valéria Rodrigues, CEO da Shopper Experience, empresa do grupo HSR e uma das responsáveis pelo estudo, “esses padrões sugerem que a percepção sobre o ‘Tarifaço’ é bastante homogênea em termos de preocupação, mas difere na forma como essa preocupação se manifesta, refletindo distintos níveis de vulnerabilidade e resiliência econômica”.
O contexto econômico tem influenciado bastante o humor dos brasileiros. Atualmente a maioria dos entrevistados é pessimista, sendo que 46% relatam ansiedade e preocupação, 18% insegurança e incerteza e 11% citam o alto custo de vida como principal problema. Apenas 2% demonstram otimismo em relação à dinâmica econômica nacional. A análise regional reforça esse quadro: no Norte, 87% dizem estar extremamente preocupados com a economia do país; no Nordeste, a ansiedade atinge 55%, mas 27% ainda relatam alguma visão positiva. No Sudeste, prevalece a insegurança (31%). Entre as classes C2 e DE, destacam-se o pessimismo (22%) e a preocupação com a pobreza (16%).
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