Sentiu! Eduardo Bolsonaro passa recibo de que gesto de Trump para Lula doeu

Não, as declarações de Donald Trump sobre o rápido encontro que teve hoje com Lula nos bastidores da Assembleia Geral da ONU não significam uma mudança de opinião do presidente norte-americano. Ele ainda age como um agressor ao Brasil. Porém, o pessoal que estende bandeira dos Estados Unidos para celebrar a data da independência do Brasil sentiu. Ah, sentiu.

Eduardo Bolsonaro e seus assessores correram às redes sociais para ressignificar as declarações de Trump, que afirmou ter abraçado Lula, rolado uma química entre eles e que vão se encontrar. O deputado federal vendeu a ideia de que, dessa forma, ele vai forçar o petista a negociar uma anistia ampla a Bolsonaro. Incensando o norte-americano, chamou o de negociador genial.

 Qualquer marmota com problemas de cognição sabe que a condenação de Bolsonaro é uma questão do Supremo Tribunal Federal e que uma anistia, mesmo se aprovada pelo Congresso, será declarada inconstitucional pelo mesmo STF. Lula vetando o projeto ou não (e ele vetará) não fará diferença no final das contas.

Trump ter dito que abraçou Lula, que ele parece um bom homem e que só negocia com quem gosta, não significa que vai dar em alguma coisa. O presidente dos Estados Unidos já se mostrou uma pessoa volátil, que conta muitas mentiras (durante o discurso, ele mentiu sobre a balança comercial com o Brasil, por exemplo), tendo transformado o Salão Oval em armadilha para ferrar com os presidentes da Ucrânia e da África do Sul, por exemplo. Pode fazer o mesmo com Lula, e o governo brasileiro sabe disso.

Quem acha que tudo será diferente e que os dois vão colher jabuticabas juntos e dançar Village People está doidão. O que existe é uma promessa de conversa, e que ela partiu do norte-americano.

Sakamoto, colunista da UOL



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