Castro acusou o governo Lula de deixar as polícias do Rio "sozinhas" na guerra contra o Comando Vermelho. Durante 24 horas, autoridades de Brasília dedicaram-se a morder a isca —ora desmentindo o governador, ora criticando a matança recorde. Soaram nesse coro as vozes dos ministros Ricardo Lewandowski, Gleisi Hoffmann, Guilherme Boulos e Fernando Haddad.
Numa videoconferência, governadores bolsonaristas —Tarcísio, Caiado, Zema e etc.—estenderam a mão para Castro. Lula farejou nos lances uma articulação do bolsonarismo para fustigá-lo. Enviou para o Rio uma missão chefiada por Lewandowski. Avalizou acordo firmado por seu ministro da Justiça com Castro. Prevê a instalação de "escritório emergencial" de enfrentamento conjunto ao crime organizado.
Só então, com 24 horas de atraso, Lula levou às redes sociais uma posição. Coreografado pelo ministro do marketing Sidônio Palmeira, disse que não se pode aceitar que o crime continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Defendeu o "trabalho coordenado". Distanciando-se do mar de sangue, enalteceu a operação Carbono Oculto, que asfixiou parte das finanças do PCC sem tiros. Não citou os 121 mortos. Parece obcecado em não fornecer munição nova aos adversários.
Siga o blog pelo insta professor_aldery
Nenhum comentário:
Postar um comentário