Canudos pouco mudou 128 anos após guerra, aponta Augusto Aras

O ex-procurador-geral Augusto Aras (neto do escritor, pesquisador, folclorista baiano José Aras, o primeiro estudioso brasileiro a apresentar a Guerra de Canudos ) defendeu mais investimentos do governo e da iniciativa privada na região de Canudos — palco de uma guerra que, há 128 anos, resultou na morte de aproximadamente 25 mil brasileiros e na completa destruição do segundo maior povoamento do Nordeste. Segundo Aras, mais de um século depois da devastação, a região segue às voltas com problemas relacionados à seca e ao uso da terra.

A cobrança de Aras ocorre um mês depois de um grupo de seis moradores da cidade protocolarem uma ação popular contra a União pedindo reparação pelo massacre que arrasou Canudos. Eles exigem um pedido formal de desculpas à população e uma indenização de R$ 300 milhões para o município.

No estudo elaborado por José Aras, ele entrevistou dezenas de sobreviventes que conviveram com Pajeú, João Abade e outras figuras próximas de Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, líder comuniário e religioso de Canudos.

"Chamar Antônio Conselheiro de fanático foi a primeira fake news da nossa história. O que ele fez foi liderar uma experiência comunitária, que desagradou à República, a nascente 'política dos governadores' e a parte da Igreja daquele período", afirmou Aras, depois de participar, no início do mês, de uma solenidade do Programa Justiça e Cidadania em Canudos.

Vida que segue...


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