Não é difícil concordar com esses cientistas. Mesmo quando o dia de trabalho envolve nove ou dez horas, no fim percebe-se que alguns momentos foram de completa ineficiência. Isso porque os funcionários gastam tempo resolvendo problemas burocráticos, como agenda, reuniões e respostas de e-mail, e nem sempre conseguem focar no que é importante, relata o Business Insider.
Uma pesquisa da empresa de software Asana, feita com mais de 10 mil funcionários, mostrou que eles passavam 58% do dia fazendo retrabalhos. Outro estudo, este da Harvard Business Review, revelou que os colaboradores destinam cerca de 41% do tempo a tarefas que os fazem sentir-se “ocupados e importantes”.
Há, ainda, um pânico moral em relação ao chamado “cyberloafing”. Esse termo se refere ao espaço em que os profissionais deixam de desempenhar suas funções para acessar sites ou outras ferramentas pessoais. No fim, essa caça às bruxas transforma o ser humano em uma máquina, criada para trabalhar por horas a fio e sempre atender ao telefone.
A chegada do trabalho remoto parece ter, de certa forma, dado início a uma mudança de paradigma. Antes, muitos profissionais até poderiam ficar mal vistos caso batessem o cartão exatamente no horário de saída. Com a necessidade do home office, os chefes tiveram de voltar a atenção para outras questões importantes, como a conclusão de tarefas.
Muitos especialistas defendem que está na hora das empresas pararem de valorizar os funcionários pelas horas trabalhadas, focando nos resultados que eles devolvem. É isso que entrega valor à empresa e permite que os funcionários consigam manter um equilíbrio saudável entre a vida pessoal e a profissional.
Prova disso é um estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Warwick, no Reino Unido, que registrou um aumento de 12% na produtividade de trabalhadores que eram felizes no ambiente corporativo. Estudos como esses mostram que as empresas bem-sucedidas no futuro serão aquelas que mostram gratidão pelos seus colaboradores, tendo como métrica mais importante a valorização do produto do seu trabalho, independente do tempo que o profissional precise para desempenhar suas funções.
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