Ó Pará, quanto orgulhas ser filho
De um colosso, tão belo e tão forte
Juncaremos de flores teu trilho
Do Brasil, sentinela do Norte
E a deixar de manter esse brilho
Preferimos mil vezes a morte! (Fragmentos do hino do Pará)
Desde a ida do senador Zequinha Marinho, no mês passado para o PL, mesmo partido do presidente Bolsonaro, as migrações partidárias em nível de estado e nos municípios estão sendo o termômetro para tentar mostrar força ao pleito eleitoral com a candidatura a governador do Pará que o PL pretende lançar para fazer palanque à tentativa de reeleição de Bolsonaro.
O nome do próprio senador Zequinha Marinho é o que foi apadrinhado por Bolsonaro para enfrentar o governador Helder que vai à reeleição com amplo apoio de prefeitos nos 144 municípios paraenses.
Marinho por sua vez tem buscado filiar alguns ex-prefeitos e lideranças políticas que são simpatizantes e apoiadores de Bolsonaro, sendo essa uma jogada para se manter em potencial condições de ir à campanha.
Se de um lado o PL está nas mãos de Zequinha Marinho para tentar mexer as estruturas políticas no Pará, nos municípios a realidade tem sido de embate onde os prefeitos aliados do governador estão sendo coerentes com a lógica de acreditar na condução do estado e apostam na reeleição de Helder.
O tom da conversa começou e vai se desenrolando, a exemplo de Conceição do Araguaia, onde o PSC de domínio de Zequinha Marinho, deixou a base do prefeito Jair Martins, ficando claro que não se pode servir a dois senhores.
De lá pra cá, já se segue o divisor de águas nos municípios onde essa relação vem deixando de ser “promíscua”, e claramente se definindo quem está com esse ou com aquele.
Outra situação é a de Xinguara, onde o atual prefeito Dr. Moacir Pires, que foi eleito pelo PL, agora precisa demonstrar se tem ou não o controle e comando do seu grupo político e de que está interessado na reeleição do governador Helder Barbalho, MDB.
Pelo município da “Capital do Boi Gordo”, o prefeito Dr. Moacir precisa resolver três situações de uma tacada só ou com as tacadas necessárias, mas precisa resolver:
O seu vice, Vilmones Silva, é do PSC e já cogita a possibilidade de vir como candidato a deputado estadual, mesmo contrariando a vontade de Dr. Moacir, pois ficaria demonstrado um racha e falta de fidelidade à composição da base política no município.
A outra situação é a de que, por ser, ainda filiado ao PL, Dr. Moacir agora tem como comandante partidário o ex-prefeito Osvaldinho Assunção, que foi constituído presidente da sigla em Xinguara e pretende se lançar a deputado federal.
Com a permanência de Dr. Moacir no mesmo partido de Osvaldinho, tem sido visto por alguns como alguém que não demonstraria independência e apagar a ideia de que ainda não formou um grupo político próprio.
Osvaldinho por sua vez, não reverteu a sua rejeição junto ao MDB e todo o grupo político do governador, chegando até a está presente em alguns eventos do governo do estado, sendo um deles em Canaã dos Carajás, quando tentou uma intermediação do ex-prefeito Jeová para se redimir com Helder.
Lá pela Capital do Boi Gordo, o cenário se desenha mais ou menos dessa forma e muitas águas ainda haverão de passar por debaixo da ponte e alguns podem até se afogar nessas aguas.
Vida que segue...
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