Duelos contra o Athletico-PR costumam funcionar como uma espécie de pedágio para a um bom trabalho no Flamengo. Dos últimos cinco técnicos do Flamengo, quatro tiveram a gestão abalada por derrotas para o adversário deste sábado, às 16h30, na Arena da Baixada, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O antídoto de Paulo Sousa é vencer, em Curitiba.
O primeiro técnico da Era Landim foi Abel Braga. O treinador deixou o cargo deixou o emprego depois de uma vitória épica contra o Athletico-PR, no Maracanã, pela sexta rodada do Brasileirão de 2019. O rubro-negro carioca saiu na frente com Gabriel Barbosa, tomou a virada com duas bolas na rede de Marcelo Cirino, mas deu o troco na base do abafa nos acréscimos e venceu a partir por 3 x 2. Mesmo assim, Abel saiu do campo vaiado pela torcida, não tolerou a pressão da arquibancada e pediu demissão à diretoria.
Sucessor de Abel, o técnico Jorge Jesus passou perrengue no início do trabalho justamente contra o Athletico-PR. Arrancou empate por 1 x 1 dentro da Arena da Baixada na estreia, o jogo de ida pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O placar se repetiu no Maracanã e o Flamengo foi eliminado pelo Furacão na decisão por pênaltis. Questionado, o trabalho evoluiu mais à frente e o Flamengo se impôs com duas vitórias imponentes sob a batuta do português. Uma em Curitiba, por 2 x 0, e outra em Brasília, por 3 x 0, na Supercopa do Brasil.
Em 2020, a campanha do bicampeonato brasileiro teve derrota para o Athletico-PR na Arena da Baixada sob o comando de Rogério Ceni. Abner Vinícius abriu o placar, Gustavo Henrique igualou o marcador, mas Renato Kayzer deixou a possibilidade do título em xeque O resultado na 32ª rodada fez o Flamengo cair para a terceira posição e aumentou para sete pontos a distância em relação ao líder Internacional à época. Depois do revés, o time carioca protagonizou arrancada e contou com deslizes da equipe colorada para confirmar o título.
Renato Gaúcho também teve a vida duplamente atribulada pelo Athletico-PR. Nas semifinais da Copa do Brasil, foi eliminado por 3 x 0 dentro do Maracanã pelo time de Alberto Valentim, e desperdiçou a oportunidade de disputar o título nacional contra o Atlético-MG. Quando tinha chances remotas de título, amargou empate por 2 x 2, na Arena da Baixada, depois de abrir 2 x 0 no placar. Os carrascos Renato Kayzer e Bissoli decretaram a igualdade.
Dos últimos quatro técnicos da Era Landim, apenas um passou incólume pelo Athletico-PR: o catalão Doménec Torrent. O ex-auxiliar de Pep Guardiola eliminou o Furacão com certa tranquilidade na Copa do Brasil de 2020 com triunfos por 1 x 0 e 3 x 2 e também superou o adversário no Campeonato Brasileiro com vitória por 3 x 1 , no Maracanã.
Paulo Sousa deve ter ouvido essas histórias. Sabe que o trabalho de Fábio Carille está apenas começando no Athletico-PR, mas conhecerá a força de uma torcida capaz de fazer o time pulsar na Arena da Baixada. Alguém deve ter contado ao português que Carille levou um modesto Corinthians ao título do Brasileirão em 2017. Portanto, enfrentará um colega de profissão capacitado para surpreender o sistema 3-4-2-1, que vem se fortalecendo. No fim das contas, um excelente teste para as pretensões do lusitano. Pedágio, como escrevi no início.
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