Dessas novas encruzilhadas talvez a que possa trazer mais preocupações ao grupo político que a postulação de Keniston representa seja a do vereador Aurélio Goiano (PSD) que, ao que tudo indica, “baterá chapa” com o ex-secretário, o que tende a tornar a disputa de 2022 uma preliminar de 2024.
Aurélio Goiano, com seu estilo brigão, praticamente personificou a oposição à atual administração municipal de Parauapebas, que, como todos sabem, é quem vem dando as bases político-eleitorais da candidatura de Keniston.
A disputa poderá vir a ter um caráter triplamente plebiscitário misturando as disputas nacional (presidente e deputado federal), regional (governador, senador e deputado estadual) e, óbvio, local (e, neste, um embate entre os apoiadores e opositores da administração de Darci Lermen; e uma antecipação do pleito sucessório de 2024).
Além dessa disputa, explicitamente plebiscitária, se ocorrer, não se pode descartar o nome do vereador Braz (PDT), que não esconde de ninguém o projeto de consolidar seu nome como uma alternativa ao dos outros pretendentes, mostrando-se como um “conciliador” entre dois “extremos”, discurso que tem certo apelo eleitoral em Parauapebas.
Fato é que, nas condições que ora se apresentam no cenário político em nossa cidade, estas eleições de 2022 estão se convertendo numa clara antecipação da disputa municipal de 2024, com grandes chances dos contendores serem os mesmos.
Neste caso, erros de parte à parte poderão ser fatais: pra um, pra outro ou mesmo para os dois!
(P.S.: Apesar dos boatos sobre a saída do verador Aurélio Goiano do PSD, até a publicação deste artigo na página do TRE-PA sua situação partidária permanecia inalterada.)
(Leônidas Mendes Filho - historiador, professor e Bacharel em Direito)
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