Preterida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo governo de Pernambuco, a deputada federal e pré-candidata Marília Arraes (Solidariedade) está conseguindo apoios de partidos e políticos, o que vem causando baixas à frente popular encabeçada por PSB e PT.
Ontem, 18, ela recebeu o apoio do deputado federal André de Paula (PSD), cortejado por vários grupos, que será candidato ao Senado na chapa dela. Outros partidos também negociam e podem desembarcar da frente para apoiar Marília.
Com 22 anos de mandatos seguidos na Câmara, a aliança com André foi considerada uma surpresa. Ele lidera um grupo importante do PSD, que em 2020 elegeu 14 prefeitos em Pernambuco.
O partido era integrante da frente popular e cotado para disputar o Senado ao lado de Danilo Cabral (PSB) —o pré-candidato escolhido para tentar suceder Paulo Câmara (PSB). Com a decisão, a legenda entregou seus cargos tanto no governo como na Prefeitura do Recife. A filha de André, Cacau de Paula, que era secretária de Turismo do Recife, foi uma das que saíram ontem do cargo.
A frente popular decidiu lançar a deputada estadual Tereza Leitão (PT) como pré-candidata ao Senado —o que foi visto como um dos principais motivos para a saída de André do bloco.
Assim como a chapa da frente popular, André e Marília apoiam Lula. A pré-candidata se apega ao fato de que, historicamente, esteve ao lado do petista —ao contrário de Cabral, que votou pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), por exemplo. Entretanto, Lula sinalizou que Cabral é o seu candidato ao governo no estado.
Marília deixou o PT em março, pouco depois de o partido decidir se unir ao PSB na disputa estadual. Em 2020, a então petista teve um duro embate no segundo turno com o candidato do PSB —o seu primo João Campos— à Prefeitura do Recife. Campos foi eleito.
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