Bolsonaro não foi à Bahia nas chuvas; perto das eleições, ele vai a Recife

 

Em dezembro, o presidente não se comoveu com a tragédia provocada pelas chuvas na Bahia. Pelo menos não o suficiente para suspender suas férias e os passeios de jet sky. Mas agora que estamos próximos das eleições de outubro, e que ele precisa de votos para evitar uma derrota que se mostra cada vez mais possível, o presidente da República resolveu ir ver os estragos das chuvas no Recife.

Bolsonaro disse que não foi lá fazer política, mas foi exatamente o que fez. Desfiou críticas ao governador Paulo Câmara, que é do PSB, e anunciou que mandará dinheiro para as famílias atingidas, de preferência diretamente para as pessoas, "sem passar pelo governo do estado ou prefeituras".

Antes mandou alguns ministros como escalão precursor, recepcionados pelo ex-ministro do Turismo, o sanfoneiro Gilson Machado, que é seu candidato ao Senado pelo PL. Gilson transformou o evento num comício em que afirmou ter sido ele quem informou ao presidente sobre o temporal que já matou mais de 90 pessoas.



Tales Faria, colunista da UOL.

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