Festejando em tom ecumênico
É beleza do grande sertão (Fragmentos do hino de Cabrobó)
É beleza do grande sertão (Fragmentos do hino de Cabrobó)
Na "terra do Antônio Brandão" não foi diferente. Deu-se vez ao surgimento de novos e variados nomes no cenário político, o qual já não era de Coronéis ou de seus descendentes por herança, mas sim com o capital entranhado nos meios de conquista e manutenção do poder.
Dentro do grupo de poder até ai vigente à época, o insurgente João Freire de Carvalho, foi ainda, talvez eleito e reeleito por herança de poder. Entretanto, com o fim do dualismo Edgar X João, houve a oportunidade de surgimento de um líder popular, Eudes Caldas, que, relegado pelo irmão após o falecimento do pai a mero coadjuvante, trabalhou para alcançar o poder já na década de 2000, em virtude do desmantelamento causado pela partida do Senhor João.
Disso e com a mão forte da forma de fazer política do PSB em nível estadual, enfim chega a vez de Auricelio Torres, alçado ao posto com o apoio político do novo líder Eudes Caldas e apoio financeiro do PSB de Eduardo Campos.
Começa aí a grande derrocada da "terra do João de Né Grande", com Auricelio buscando independência em relação a um líder que o elegeu e o líder apoiando um desconhecido que viera a ser eleito, Marcílio Cavalcanti.
As eleições tornaram-se disputa mais financeira que política a partir de então. Culminando com a eleição do atual Prefeito Elionai Dias Filho (Petrobrás), apoiado por Marcílio Cavalcanti (fabricado), em disputa com Auricelio Torres (elitista) apoiado por Eudes Caldas (cacique-mor) e o azarão milionário Dim Saraiva (primeiro-ministro), que gastou horrores para terminar em terceira posição.
E o que quero dizer com tudo isso?
À medida que o o capital começa a preponderar sobre as lideranças e sobre o partidarismo, o eleitor começa a sua adaptação à nova modalidade e busca, em um primeiro momento, dividir os familiares para estar em todos os lados, evoluindo até buscar única e exclusivamente o benefício/vantagem/retribuição pessoal, em detrimento da família e, especialmente, do bem comum, da coletividade.
Portanto, a atual gestão é o ápice do novo modelo político instalado em nossa sociedade, no qual não basta apenas o assistencialismo cotidiano, mas exigindo dispersão de capital para que se ostente este ou aquele títulos.
Nesse sentido, nada mais correto que a forma de agir do atual gestor, reservando recursos suficientes a vencer qualquer forma de tentativa de vencer-lhe, quer por meio de capital político, quer financeiro e, ainda, pela aliança de ambos.
O político que não se reinventa, para no tempo e começa a ver os novos nomes triunfarem e realizarem administrações cada vez menos voltadas ao povo, pois 4 anos é pouco pra acumular capital suficiente às obras que “encantam” em época de eleições e para suas necessidades mundanas.
Vida que segue...
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