Dorival Júnior recebeu proposta do Flamengo. A multa rescisória para tirá-lo do Ceará é gorjeta perto da bala que o Flamengo terá que pagar a Paulo Sousa pelo bico em seus fundilhos.
Como detesto polêmica, nem vou especular sobre como será a possível relação Dorival Júnior e Diego Alves e muito menos lembrar que Dorival Júnior era o técnico do Flamengo, quando o presidente Rodolfo Landim venceu as eleições e preferiu trocá-lo por Abel Braga.
O Flamengo tem o mesmíssimo direito de mandar o Paulo Sousa embora que o Paulo Sousa tinha de deixar a Polônia na mão. Por isso, em ambos os casos, foi previsto multa.
Vagner Mancini tem todo o direito de abandonar Atlético-GO e América-MG para ir ganhar mais, respectivamente, no Corinthians e no Grêmio. E tanto Corinthians contra o Grêmio acertaram em mandá-lo embora. Ou melhor, erraram porque demoraram muito.
Rogério Ceni cumpriu o contrato e pagou a multa nas duas vezes que não quis saber do trabalho em vigência no Fortaleza para sair correndo para treinar Cruzeiro e Flamengo.
O Vítor Pereira, que apanhou duas vezes e empatou outra com Ceni, só não faz a mesma coisa porque o Liverpool não o chamou. Se o fizesse, "iria correndo".
Dito tudo isso, e poderia citar outros 818 exemplos, Dorival Júnior não fará nada de errado em aceitar a proposta para suceder Paulo Sousa. Só não terá mais direito (embora irá exercê-lo, com apoio de coro microfonado) de pedir tempo de trabalho, continuidade e blá-blá-blá.
E, remando contra a maré, não acho errado nenhum clube _e, óbvio, o Flamengo agora_ fazer proposta a profissional empregado. Vale para quem contrata e quem demite e o Ceará, como o Flamengo e todos os outros, tem o direito de prever ou não grandes multas.
Em todas áreas, e futebol não é universo paralelo à parte, um profissional empregado pode receber convite para trabalhar em outra empresa, concorrente ou não. Parece óbvio e é.
O que não é óbvio, é o mantra mentiroso repetido que o segredo do sucesso é a continuidade e o tempo de trabalho. Não é. Pode ser, se o o trabalho for bom, claro. No caso de Paulo Sousa, o time joga menos em junho do que em fevereiro e o pior jogo foi depois de uma semana cheia de trabalho....
Viva a memória!
Nenhum comentário:
Postar um comentário