Michelle Bolsonaro sinalizou mais do que força para a política ao vencer a queda de braço que travou publicamente com os filhos do ex-presidente da República. Ela sinalizou que não está disposta a submeter seu futuro eleitoral aos planos do 01, 02 e 03, como são conhecidos Flávio, Carlos e Eduardo. E isso fez a direita refazer cenários —animando "outsiders" desse campo que não teriam como rachar centrão e bolsonarismo se o único caminho fosse a candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
O time que atua na pré-campanha de Ronaldo Caiado, o governador de Goiás hoje no União Brasil, por exemplo, viu vantagens. As pesquisas mostram que Michelle, entre os nomes da família, é o que larga melhor nas sondagens.
Mas a aposta é de que, se for a escolhida pelo PL para ser candidata à presidência, ela pode patinar no debate sobre políticas concretas, afastando o eleitor pragmático de centro-direita e direita, que poderia buscar outra opção no mesmo campo.
O mesmo vale para os entusiastas da candidatura de Ratinho Júnior (PSD), o governador do Paraná, ao Planalto.
Nos bastidores, todos estão refazendo contas. Tarcísio seria capaz de manter unido o bloco que soma centrão e bolsonarismo. Mas uma candidatura que venha com o sobrenome do ex-presidente inevitavelmente racharia o grupo.
Quem também vê vantagens no racha da direita é, por óbvio, o Planalto.
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