"O Apagão de Professores"

O Brasil corre o risco de não ter professores em número suficiente para lecionar na educação básica. O alerta foi dado pelo Instituto Semesp (ligado ao sindicato das mantenedoras de ensino superior).

O Semesp prevê um déficit de 235 mil educadores no país em 2040. Parece distante? Nada disto. A próxima geração que depender de ensino público fundamental no Brasil não terão professores para ensinar. Hoje quem procura tal formação são somente jovens que se sentem vocacionados. Não há incentivo ou remuneração compatível.

Ao contrário. O cobertor é muito curto para cobrir o frio. Prova disto é a mudança do perfil etário dos professores em atividade no Brasil. De acordo com o estudo, o contingente de docentes com menos de 29 anos diminuiu 27% ao passo que o de profissionais acima de 55 anos aumentou 44% entre 2016 e 2021. O professor, como se sabe, é o principal fator de aprendizagem dos alunos. Por isso, melhorar a formação docente é um passo indispensável para elevar a qualidade do ensino.

O Brasil está longe de superar esse desafio e - um dos obstáculos é justamente a pouca atratividade da carreira do magistério, o que acaba afugentando os melhores candidatos. Tirando quem escolhe lecionar por genuína vocação, é felizmente ainda há gente assim, a verdade é que um vasto contingente de universitários só procura os cursos de licenciatura por suposta incapacidade de ingressar em carreiras em geral mais concorridas e, portanto, com melhor remuneração.

Até aqui, o debate mais amplo em torno da carreira do magistério tinha como foco a qualidade da educação. É consenso que maiores salários, melhores condições de trabalho e a perspectiva de progressão funcional ao longo dos anos são passos necessários para atrair profissionais mais qualificados - estudantes com notas altas o suficiente para ingressar em qualquer outra faculdade, mas que optam por uma licenciatura para serem professores. Pois bem, isso continua válido. A novidade duplamente lamentável agora é que a baixa atratividade de carreira do magistério desponta como empecilho até mesmo para suprir o número mínimo de profissionais nas salas de aula do país. (Trechos coletados do jornal O Estado de São Paulo dia 15/10/22).

Meu ponto de vista: Triste. São dias distantes os meus nas escolas públicas de alta qualidade em São Paulo. Lembro do nome( e até sobrenome) dos meus professores. A aula era um "evento" um acontecimento. Não perdíamos aula, não havia grades, não havia sujeira, não havia uniformes ruins, alguns dos meus professores davam aula na USP e publicavam livros. Você via pelo estacionamento, só carros novos. Nas férias iam para Disney ou iam em congressos internacionais.

Hoje, os atuais alunos nem podem imaginar no melhor filme de ficção sobre as décadas de 70 e 80. Portanto quem hoje leciona merece a melhor da homenagem: Reconhecimento! Gratidão.



Maurício Abraham, CEO da empresa Femmacap Investimentos, virou a chave de sua vida com as Small Caps

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